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Papo de Autor Entrevista: Marcos de Queiroz

Fale um pouco sobre você. De onde você é? Qual é a sua formação? Qual gênero escreve?

Meu nome é Marcos de Queiroz. Nasci em 1976 na cidade do Rio de Janeiro, tendo me graduado no curso de Engenharia Civil pela Universidade Federal Fluminense (UFF) há quase 20 anos. Durante a carreira, me especializei em Engenharia de Dutos Submarinos pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), função que desempenho desde 2008. Resido atualmente com a família – esposa, filho e meus “pets” – em Natal-RN, por motivos profissionais. Meu primeiro livro foi “No rastro da iguana dourada”, uma trama de suspense policial lançada nas versões impressa e digital (EPUB) pela Amazon. Atualmente, estou escrevendo romances de ficção científica, alta fantasia e espiritualista, além de uma coletânea de contos fantásticos.

 

Além de escritor, você tem outra profissão? Como você diria que essa profissão contribui para o enriquecimento da sua carreira como escritor?

Sou engenheiro civil de formação, com especialização em dutos submarinos, função que desempenho há mais de dez anos, salvo um hiato de dois anos, devido ao famigerado “desemprego”. No meu caso, utilizei as ferramentas que são mais caras a todo profissional de engenharia que se preza – a busca incessante pelo conhecimento, aliada ao rigor e senso crítico – para compor meu perfil detalhista, enquanto escritor de ficção.

 

Como você desenvolveu o amor pela literatura?

Meu pai possuía uma biblioteca pessoal com centenas de obras dos mais diversos gêneros literários. A curiosidade de criança me encorajou a desbravar aquele novo mundo que se vislumbrava diante de meus olhos. Autores como Agatha Christie, Julio Verne, Malba Tahan, Isaac Asimov, George Orwell e Arthur C. Clarke me despertaram o fascínio pela história fantástica, o romance policial e a ficção científica!

 

Quando decidiu publicar seu primeiro livro? Quais fatores contribuíram ou dificultaram sua estreia literária

Há décadas eu cultivava o sonho de escrever um livro de ficção policial, em homenagem a uma de minhas escritoras prediletas (Agatha Christie). Contudo, o projeto só tomou forma em 2017, quando me deparei pela primeira vez com o drama do desemprego. Por isto, encaro minha primeira obra – “No rastro da iguana dourada” – como marco, principalmente por manter minha sanidade durante um período tão delicado da vida pessoal e profissional. Se durante o processo de escrita, contei com o ócio a meu favor, o mesmo não posso dizer de uma das etapas mais dramáticas do processo de realização literária: a publicação do livro, em si. A dificuldade de se abrir espaço num mercado pouco afeito aos escritores iniciantes quase inviabilizou o lançamento de meu livro, proeza que só consegui realizar graças a fantástica ferramenta da “autopublicação” que contamos hoje em dia. Ainda que tivesse enfrentado o desafio de buscar, por conta própria, profissionais para cada etapa da editoração do livro (arte, revisões, diagramação, etc.), considero esta como uma das experiências mais ricas de minha vida.

 

De onde surgiu a ideia para seu livro mais recente? Sobre o que ele fala?

Atualmente estou envolvido num projeto literário relativo à compilação de contos fantásticos nos mais variados temas – terror psicológico, futuro distópico, viagens temporais, novas tecnologias, etc.  – os quais escrevi para concursos literários que, por motivos diversos, não foram aproveitados na ocasião. Minha intenção é transformá-lo numa coletânea de contos pessoais, a ser publicada até o final de 2019, dependendo dos resultados de uma campanha de financiamento coletivo (crowdfunding) que pretendo lançar em breve.

 

 

Redes sociais:

https://www.facebook.com/marcosdequeirozescritor/

 

 

Link dos livros:

https://www.amazon.com.br/rastro-iguana-dourada-Marcos-Queiroz-ebook/dp/B07N12X96T

Meu livro

Papo de Autor Entrevista: Sueli Gutierrez

Fale um pouco sobre você. De onde você é? Qual é a sua formação? Qual gênero escreve?

Nasci em São Caetano do Sul, ABC Paulista. Me formei em Jornalismo pela Umesp, depois iniciei doutorado na Universidade Complutense, na Espanha, mas não concluí porque me foi negada a bolsa de estudos pelo CNPQ por duas ocasiões, embora tivesse duas ótimas cartas de recomendação. 

Faço parte do Núcleo de Escritores do ABC, da Academia Popular de Letras de São Caetano do Sul e da Rede Mulheres que Decidem (RMQD).  Meu gênero é infantojuvenil e romance policial. 

 

Como você desenvolveu o amor pela literatura?

Quando pequena minha mãe vendia livros do Círculo do Livro e ganhávamos algumas obras. Eu também recebia pelo correio o Cadernos do Terceiro Mundo, reportagens da América Latina e sobretudo da África. Mas o que me levou a ficar literalmente envolvida com livros por uns dois meses quase ininterruptos foi um acidente de automóvel. Com a clavícula engessada, não podia fazer quase nada, razão porque eu devorava todos os livros à minha frente. Li quase todos da escritora Agatha Christie e talvez seja por isso que eu escrevi um romance policial.

 

Quando decidiu publicar seu primeiro livro? Quais fatores contribuíram ou dificultaram sua estreia literária

Isso aconteceu há muito tempo, em 1983. Antes de lançar meu primeiro livro, eu transitava, nos fins de semana, em bares e teatros do centro de São Paulo com o propósito de vender uma folha contendo quatro poesias. Esclarecia aos clientes que eu não dependia das vendas porque tinha emprego.

Teve uma vez que, vendendo na porta do teatro, vi o ator global Antonio Fagundes na bilheteria do teatro substituindo a funcionária. Até ele comprou. Portanto, foi com o incentivo das pessoas que resolvi escrever o livro.

Procurei algumas editoras, mas não tiveram interesse. Resolvi, então, lançar o livro de poesias independente “Um pouco de Mim”.

Desde então escreve livros?

Não. Fiquei mais de 20 anos hibernando, trabalhando em outras atividades. Voltei a escrever em 2017, lançando, no ano passado, o livro infantojuvenil Era uma vez, Conto outra vez.

 

Além de escritora, você tem outra profissão? Como você diria que essa profissão contribui para o enriquecimento da sua carreira como escritora?

Sou jornalista e guia de turismo. Sendo jornalista, durante alguns anos trabalhei em assessoria de imprensa para entidades sindicais. O fato de escrever bastante para os outros te força a tomar muito cuidado com os erros de português, com o estilo. Aprende a desenvolver frases bem-elaboradas e com simplicidade, conforme o seu público, para facilitar a compreensão da mensagem que se quer transmitir.

Depois aprendi muito também quando fiz o curso de guia. Morei por 12 anos em Salvador e a Bahia parece ser um país dentro do Brasil por ter uma cultura diferenciada, uma natureza exuberante e um clima delicioso que adoro.

Teve uma época em que eu não tinha trabalho. Decidi fazer o curso de guia para recepcionar turistas estrangeiros. Estudei bastante sobre a história da Bahia, do Brasil, da colonização portuguesa, da escravidão, das populações negras e indígenas. Sobre a história do Brasil, novos elementos que eu aprendi in loco e os conhecimentos adquiridos em razão do curso me permitiram aflorar a imaginação para as histórias do livro Era uma vez, Conto outra vez.

Meu processo de criação se deveu muito com a minha vivência na Bahia. Nesse livro eu faço uma releitura de três histórias mundialmente conhecidas, colocando o gênero feminino como protagonista e personagens brancos, negros e indígenas que convivem harmoniosamente nas narrativas. Acho que é um novo conceito de literatura.

Utilizo também animais brasileiros. Por exemplo, em Anita Caçaonça lembra um pouco a história da Chapeuzinho Vermelho, mas ao invés de lobo, será de uma onça que Anita, neta de índio, salva o avô. As outras histórias são Cinderela carvoeira, uma jovem negra que se transformará em princesa, e o Belo e a Fera, uma ruiva que sofre uma maldição de um bruxo. Portanto o curso realizado e minhas viagens ao interior da Bahia me ajudaram a criar os cenários das três histórias que são ambientadas na natureza tropical.

Conversamos sobre o seu Novo conceito de literatura? Poderia explicar melhor?

Na minha infância sempre lia contos de fadas cujos heróis reis, príncipes, caçadores etc tinham o papel de salvar as meninas que estavam em apuros ou na iminência do perigo. Na vida real vemos mulheres guerreiras que matam uma onça a cada dia e exercem um papel preponderante no sustento da família. Esse formato pretende elevar a autoestima do gênero feminino, sem perder a relevância do gênero masculino, que nas minhas histórias estão mais humanizados. Também desenvolvo narrativas em que haja mais empatia entre as diversas etnias brasileiras. Por isso pessoas brancas, negras e indígenas convivem harmoniosamente e os conflitos vão surgir para eliminar o mal, que pode surgir em forma de racismo, de misoginia ou de homofobia.

 

De onde surgiu a ideia para seu livro mais recente? Sobre o que ele fala?

Bem, na verdade já terminei dois e vou lançá-los primeiramente pela Amazon. O infantojuvenil “A gata de rodas”, que seria a última etnia a ser introduzida no livro “Era uma vez”, porque a personagem é de origem oriental. Eu não tive tempo de terminá-lo, por isso estou lançando individualmente.

O mais recente é o romance Lavanda, um romance policial sobre as aventuras e desventuras de uma brasileira morando na França. O primeiro capítulo inicia com um processo de suicídio. Depois, a lavanda, flor típica da França e muito utilizada para fazer perfumes, vai estar presente em diversas formas nas páginas do livro. Procurei, nesta história, estabelecer narrativas comparando as culturas e os aspectos sociais de cada país.

 


Quais dicas você daria para quem está iniciando?

Ler muito ajuda a obter mais vocabulário. Ler vários gêneros de livros vai permitir amplos conhecimentos, estilos de escrita e desenvolve a facilidade de compreensão do texto. Tem que praticar bastante a escrita também. Eu sempre sublinhei a lápis uma palavra que desconheço e escrevo apenas uma palavra na borda do livro, para não esquecer. Depois tento usá-la em outras situações.

 

Redes sociais: Sueli Gutierrez

Era uma vez, Conto outra vez

 

Link dos livros: https://seulivro-editora.webnode.com/  Site em fase de finalização.

Quem quiser adquirir o livro, basta entrar em contato:  55 11 99197-8627 ou SeuLivro editora: editora.seulivro@gmail.com No valor de R$ 30, envio pelo correio para todo o Brasil. 

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Papo de Autor Entrevista Vicente Gomes Pinto

Fala galera! Entrevista novinha para vocês conhecerem um pouco mais sobre os autores que estão no Curtos & Fantásticos. Hoje, o Vicente Gomes Pinto fala sobre sua experiência no mundo da literatura.

Fale um pouco sobre você. De onde é? Qual é a sua formação? Qual gênero escreve?

Nascido e criado em Porto Alegre, parte de minha família é da capital do Rio Grande do Sul, enquanto a outra é do interior do estado, da região da fronteira. Meus pais são arquitetos, e como dizem, a fruta não cai longe do pé. Sou formado em Design pela Unisinos, e pós-graduado pela PUCRS no curso Desenvolvimento de Jogos Digitais. Meus gêneros favoritos são Fantasia, Ficção Científica e Horror, onde eu geralmente prefiro escrever.

 

Como você desenvolveu o amor pela literatura?

Nunca gostei de ser obrigado a nada. Isto sempre foi presente comigo, nunca gostava dos livros do colégio, gostava de ler os que eu escolhia e tinha interesse. O mesmo aconteceu com a escrita, sempre que era necessário escrever, sempre saiam histórias curtas e diretas, sem rodeios. Lembro-me de ser desafiado por uma professora na quarta série a escrever uma página inteira, entreguei para ela duas páginas e meia com uma história utilizando personagens de Star Wars, que ela não entendeu um nome sequer. Foi um desafio interessante, acabei destravando um pouco e desenvolvendo um pouco mais meus textos seguintes.

 

Quando decidiu se dedicar à escrita? Quais fatores contribuíram ou dificultaram sua estreia literária?

Decidi me dedicar à escrita somente após a faculdade, quando fui elogiado pelo texto do meu trabalho de conclusão e comecei a estudar como escrever ficção e como contar histórias. O interesse somente cresceu com o pós-graduação em Jogos Digitais, após fazer uma cadeira sobre roteiros, que influenciou o trabalho final deste curso. Desde então, tenho me arriscado em escrever alguns contos, a maioria lidos apenas pelos leitores beta, mas que em breve serão divulgados.

 

Além de escritor, você tem outra ocupação? Como você diria que essa ocupação contribui para o enriquecimento da sua carreira como escritor?

Além de escritor sou Designer e Game Designer, trabalho com criação de conteúdo e arte para jogos e para redes sociais, no tempo livre sempre tento desenvolver histórias para contar em minhas mesas de RPG, sendo como mestre ou como jogador. Acredito que estar em contato com arte e criação contribuem para o enriquecimento de minha carreira como escritor.

De onde surgiu a ideia para seu livro mais recente? Sobre o que ele fala?

Tenho algumas ideias mais longas sendo desenvolvidas, mas atualmente tenho dado mais destaque para a escrita de pequenos contos, alguns deles interligados.

De onde surgiu a ideia para o seu conto enviado para a antologia do Diário de Escrita?

A ideia para meu conto surgiu durante a preparação de uma aventura de RPG, onde os personagens iriam descobrir os acontecimentos de meu conto. Isso tornou-se algo comum, especialmente quando estou lendo, acabo tendo ideias e sempre anoto em um caderninho para não perde-las e desenvolver histórias.

 

Para encerrar, onde encontramos você e o seu trabalho na internet?

Você pode me encontrar no Twitter @VicentePinto

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Papo de Autor Entrevista Francine Cândido

Fale um pouco sobre você. De onde é? Qual é a sua formação? Qual gênero escreve?

Meu nome é Francine e sou de Joaçaba, Santa Catarina. Publiquei “A Máscara do Rei” em 2016 pela editora Arwen, “A Dama dos Loucos” na Amazon e “Encontro na Cafeteria dos Pães de Queijo” no Wattpad. Participei também de outras antologias ao longo dos anos. Gosto de me aventurar pelos mais diversos gêneros e tento não me apegar apenas a um, mas se fosse definir qual trabalho com mais frequência seria drama.

Como você desenvolveu o amor pela literatura?

Quando eu era adolescente passei por uma fase difícil em que me via como um defeito, alguém rejeitado e foram os livros que me mostraram um mundo novo, onde conseguia estar em outras vidas e entender coisas que ainda eram difíceis. A literatura foi e é até hoje o meu melhor amigo.

 

Quando decidiu se dedicar à escrita? Quais fatores contribuíram ou dificultaram sua estreia literária?

Quando escolhi ser escritora eu imaginava um mundo completamente diferente do que vejo hoje. Sonhava com um resultado rápido e que as pessoas encontrariam no meu trabalho algo único, e foi essa imaturidade a minha maior dificuldade, pois demorei para perceber que a escrita é uma profissão como qualquer outra, que precisa de dedicação e muito estudo, que não deve ser levada como algo simples ou fácil. Ao descobrir esse novo lado, pude rever tudo o que acreditava, então se eu fosse escolher o que contribuiu e dificultou para o ponto de partida da minha carreira profissional com a escrita seria exatamente a imaturidade.

 

 

 

Além de escritor, você tem outra ocupação? Como você diria que essa ocupação contribui para o enriquecimento da sua carreira como escritor?

Atualmente, após uma mudança de cidade, eu estou me dedicando apenas a escrita e minha filha, mas em todos os empregos anteriores me envolvi com o atendimento a pessoas, o que auxiliou no desenvolvimento psicológico de todos os meus personagens, tornando-os redondos.

De onde surgiu a ideia para seu livro mais recente? Sobre o que ele fala?

Ano passado publiquei na Amazon o meu primeiro suspense psicológico intitulado A Dama dos Loucos com 550 páginas, não foi a minha estreia na plataforma, mas considero dessa forma já que se trata de algo mais profissional e bem desenvolvido. Eu sempre imaginei como seria se uma detetive considerada instável psicologicamente fosse a única solução para um caso e que ao contar sobre isso para uma jornalista, no que a mulher acreditaria. É daí que surgiu o enredo atual de A Dama dos Loucos, onde Elisa é levada pela chegada de uma carta ao sanatório pertencente, de certa forma, a Dama dos Loucos. Uma mulher disposta a contar uma história cheia de assassinatos e fazer com que Elisa entenda sua conexão e completo fascínio com algo que, por mais macabro que fique, ela não consegue largar.

 

De onde surgiu a ideia para o seu conto enviado para a antologia do Diário de Escrita?

Gosto muito de enredos macabros e que envolvam cenários e situações que deixam o leitor apavorado. É pensando nisso que imaginei uma freira psicopata, cujo desejo é alcançar a santidade, mas como ela faria isso? Bom, nada melhor do que a carne mais pura do mundo.

 

 

 

Para encerrar, onde encontramos você e o seu trabalho na internet?

 

Tenho o meu perfil no facebook: https://www.facebook.com/francine.siqueira.1

E, minha conta no Instagram: francine_m_candido

Meu livro na Amazon: https://amzn.to/2rDStLK

Luiz Calmon foto 4

Papo de Autor Entrevista Luiz Calmon

Hoje a entrevista é com o Luiz Calmon. Conheça um pouco mais sobre a vida dele.

Fale um pouco sobre você. De onde é? Qual é a sua formação? Qual gênero escreve?

Olá, eu me chamo Luiz e sou nascido e criado em Salvador, Bahia. Ainda tenho trinta e seis anos, mas como sou Ariano torto, nascido em primeiro de Abril, jajá essa idade me abandona pra uma nova surgir no horizonte por mais trezentos e sessenta e cinco dias. Sou Técnico em Edificações, mesmo não atuando na área no momento; futuramente Engenheiro Civil, assim que conseguir escrever meu TCC.  Meu gênero favorito é Fantasia. Amo planejar, escrever e fazer parte de histórias fantásticas, mas isso não limita o que leio e escrevo, só engrandece. Sou autor de pequenos textos que são guiados pelos meus momentos e venho disparando eles nas minhas redes sociais de tempos em tempos. Logo, todos eles estarão no Wattpad.

 

Como você desenvolveu o amor pela literatura?

Nossa! Muito tempo atrás… Minha mãe sempre foi fissurada por leitura. Eu devia ter de nove pra dez anos quando lembro de tê-la escutado falando sobre Miss Marple e Hercule Poirot. Então ela foi minha primeira incentivadora. Meu pai sempre lia histórias bíblicas pra mim e pra meu irmão. E isso me fez desejar ler. Com a mesma idade já lia os gibis da Turma da Mônica, e alguns livros didáticos da escola, mas a verdadeira paixão veio quando minha mãe conheceu uma senhora que morava na mesma rua que a gente. Ela levava cães pra minha mãe cuidar (Sim, minha velha é Médica Veterinária, embora hoje não atue mais na área) e quando descobriu que eu adorava ler, me presenteou com o Rapto do Menino Dourado e a Ilha Perdida, da série Vagalume. E ela continuou me dando vários livros até que eu me deparei com Desculpe a nossa falha, do Ricardo Ramos. Esse livro ampliou minha visão pra outras obras e a partir dele comecei a devorar tudo o que meus pais  permitiam e compravam pra mim. Que ia de:  “A bailarina da Cecília Meireles”  às  “Aventuras de Xisto” (Não deixaram eu ler O Escaravelho do Diabo a época).

 

Quando decidiu se dedicar à escrita? Quais fatores contribuíram ou dificultaram sua estreia literária?

Foi um pouco antes de começar o Diário de Escrita… Creio que em Agosto.  Como citei lá em cima, eu sempre lançava meus pequenos textos nos murais das minhas redes sociais, mas como eram desabafos eu não via potencial nenhum neles. Até que um grupo de amigos começou a me incentivar a continuar escrevendo. Mas foi com o Diário que veio a minha maior época de regularidade na escrita. Mesmo escrevendo pouquinho, de mil a duas mil palavras por semana, eu tenho desenvolvido muita coisa legal. Inclusive dado andamento no projeto do meu primeiro livro. O fato de me encontrar desempregado no momento,  tem ajudado no fator Tempo disponível, o que é muito bom. Mas isso também trás consequências negativas, porque o desejo em voltar ao mercado de trabalho e deixar de ser freelancer as vezes gera Stress, e as preocupações tomam o lugar das idéias. Deixar o conto da minha estréia no ponto pra ser enviado pra avaliação deu um trabalho enorme. Primeira vez escrevendo com um limite de palavras, filtrar as idéias, dar nome… Tudo isso enquanto fazia entrevistas e consultorias me deixavam muito cansado. Pensei em desistir de entregar várias vezes. Mas ainda bem que não fiz né?

 

Além de escritor, você tem outra ocupação? Como você diria que essa ocupação contribui para o enriquecimento da sua carreira como escritor?

É legal ser chamado de escritor; espero continuar contribuindo com coisas legais pra nossa literatura. Eu sou Técnico em Edificações; mas hoje em dia trabalho fazendo serviços de consultoria quando sou requisitado. Faço vistoria de apartamentos recém construídos, pra verificar se tudo está certo pro momento da entrega ao proprietário.  Esse tipo de serviço permite que eu sempre atualize minhas leituras, que é o que me dá forças pra continuar escrevendo. Ler faz com quem eu enriqueça meu vocabulário e abre novas portas pro que eu coloco no papel sob minha autoria. Além disso, narro RPG nas horas vagas, e isso me permite continuar criando e participando de aventuras fantásticas.

 

De onde surgiu a ideia para seu livro mais recente? Sobre o que ele fala?

 

Ainda não tenho nenhum livro publicado, mas estou trabalhando num projeto e espero que ele se solidifique até Março. A ideia surgiu a muito tempo atrás, enquanto eu ainda era moleque e fazia bonecos de papel pra brincar com meu irmão, e assistia Um Conto Americano.  É, aquele do ratinho chamado Fievel! Essa ideia foi amadurecendo junto comigo e com as coisas que eu vinha lendo e assistindo. Espero conseguir levar esse projeto até o fim, já que é minha próxima meta no Diário de Escrita.

 

De onde surgiu a ideia para o seu conto enviado para a antologia do Diário de Escrita?

São muitas inspirações. Principalmente as que vieram de parte do mundo de Tormenta. Meus jogadores/amigos querem começar um grupo de aventureiros em Arton na nossa próxima mesa e então eu estava me preparando. Então tirei alguns elementos da trama que envolve o conto, desse universo. Mas não só isso… Fragmentos da narração fazem alusão a um dos Reinos de Arton. Mas a idéia direta do conto veio da construção do personagem principal. Personagem esse que faria parte de uma mesa que acabou não acontecendo, mas dar vida a ele, através desse conto, foi muito bom. Cada detalhezinho sobre ele e sua vida, me fazem vibrar. Espero que quem leia, acabe gostando tanto quanto eu.

 

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Papo de Autor entrevista Wesnen Tellurian

O Papo de Autor entrevista hoje está em casa! Wesnen, além de um dos escritores do Curtos & Fantásticos, também é membro do diário da escrita! Quer saber um pouco mais sobre a vida dele? Confira!

 

Fale um pouco sobre você. De onde você é? Qual é a sua formação? Qual gênero escreve?

 Nasci e cresci em São Paulo e, apesar da variedade de atrações que a Capital da cidade dispõe, eu sou bem caseiro. Gosto de estar com os amigos, a única forma de eu ser tirado de casa, além da necessidade de trabalho ou comprar comida (risos). Alguém falou em cinema? Ah sim, eu adoro ir assistir a filmes e faço disso um momento sagrado, de atenção total à história e, por isso, neste caso, gosto de ir sozinho, para não ter a experiência atrapalhada. No entanto, volta e meia surge um desconhecido, que parece estar no antigo programa de entrevistas da Hebe, de tanto falatório, então sou obrigado a levar um taco de beisebol com arame farpado enrolado e escrito “diálogo”. Brincadeira! Mas até que não é uma má ideia.

Sou formado no Wikipédia e Youtube, com direito a diploma emoldurado na parede. Ok, a essa altura, você já deve ter percebido que sou piadista, mesmo que ruim. Eu sou assim, uma forma natural que tenho de ser, que encontrei para dar cores à vida que já tem tanto cinza. Na verdade, desde 2010, sou formado na Escola Superior de Soldados, pela qual ingressei na carreira policial-militar. Tenho curso de escrita criativa e alguns na área audiovisual, e este último me tornou um editor de vídeos.

Eu acreditava que seria um escritor unilateral, que escreveria apenas histórias de fantasia. Aos poucos, descobri que consigo alcançar também os gêneros sci-fi, terror e drama. Difícil dizer qual gosto mais, pois, naturalmente, eu faço apenas o que gosto muito e cada um eu uso para uma mensagem específica.

 

Como você desenvolveu o amor pela literatura?

 Quando eu tinha por volta de 13 anos, achei um livro-jogo em um brechó, A Cripta do Feiticeiro, de Ian Livingstone. Era um RPG incrível, tanto pela história quanto pelas ilustrações, além do sistema de o leitor poder decidir o que fazer com personagem. Não demorou muito, então tive contato com Harry Potter e a Pedra Filosofal, de J.K. Rowling, que, inicialmente resisti ao fenômeno, o que não durou muito. Peguei o primeiro livro emprestado de uma biblioteca, e gostei tanto, que não queria devolvê-lo. Sem condições de comprar um, comecei a escrever TODA a história em um caderno para tê-la para mim (Por que não me apresentaram uma livraria antes?).

Com o tempo, passei a ler livros de autoajuda, pois os títulos me chamavam a atenção e muitos eram curtinhos. Li tanto, que comecei a perceber um padrão em todos eles, tornando-os chatos, e fui catapultado para outras obras de fantasia. Quase que de forma inconsciente, esta foi uma busca por algo que se aproximasse do colírio A Cripta do Feiticeiro, apesar de que, eu gostava demais de assuntos místicos/sobrenaturais, e foi então que saltei para A Batalha do Apocalipse, de Eduardo Spohr. Mesmo depois de tudo isso, eu ainda resisti muito à literatura, pois achava que os livros bons eram raras exceções. Até que o livro A Mão Esquerda de Deus, de Paul Hoffman, abriu meus olhos — a obra oscilava de momentos empolgantes para tediosos —, logo… “ler não é chato, alguns livros podem ser chatos”, eu pensei. Bastaria eu ter acesso e recomendações de coisas boas. Baseado nisso, conheci o canal no Youtube, Cabine Literária, que, inclusive, inspirou-me na criação do meu canal, que se chama Canal KrossOver.

 

Quando decidiu publicar seu primeiro livro? Quais fatores contribuíram ou dificultaram sua estreia literária

 Não me lembro do título, mas foi quando assistia a um filme, cujo desfecho eu considerei uma tragédia de tão simplório. A riqueza do universo ali poderia proporcionar algo mais, no entanto, talvez por questões de orçamento (algo que eu não compreendia na época), o filme foi decepcionante. Somado a isso, eu mestrei por sete anos partidas de RPG no colégio, para um grupo que chegou a ter cerca de cinco jogadores; fazíamos as tarefas às pressas para voltar a jogar. Resumindo: o que me fez se enveredar por esse caminho foi minha decepção com histórias que eu julgava terem um desenrolar ruim — decidi fazer eu mesmo, escrever algo que juguei ser grandioso que, até então, não havia visto em nenhuma mídia (Vingadores: Ultimato supriu essa minha sede, com amarrações de universos e uma batalha épica). E, depois de parar de jogar RPG, continuei com histórias fervilhando em minha mente, por isso quis despejar tudo na folha em branco.

As dificuldades que eu senti na minha estreia literária foram de encontrar suporte de profissionais da área que me ajudassem a evitar burocracias e armadilhas, e também o buraco negro que me sugou: a inexperiência com marketing e a falta de espaço para ser divulgado. Aliás, parte do sentimento da criação do meu canal partiu da ideia de promover divulgação, tanto do meu trabalho quanto de outros autores que precisem de espaço (Se você, autor ou profissional do mundo literário, for de São Paulo, podemos gravar pessoalmente uma entrevista, mas, se for de longe, poderá gravar um vídeo sobre sua obra, que postaremos lá).

Hoje em dia, a internet tornou tudo mais dinâmico e democrático, tanto para encontrar profissionais quanto para viabilizar a divulgação. A concorrência aumentou em todos os sentidos, então, por exemplo, encontrar uma agência literária que preste serviço de leitura crítica ou capistas com talento, ficou mais fácil. Nem sempre é barato, mas temos opções ótimas disponíveis.

 

Além de escritor, você tem outra profissão? Como você diria que essa profissão contribui para o enriquecimento da sua carreira como escritor?

 Como escritor e editor de vídeo/imagem, na atual circunstância, trabalho na Polícia Militar de São Paulo, no setor de comunicação social, onde faço parte de uma equipe que se empenha em divulgar matérias nas redes sociais sobre tudo de positivo que os policiais têm feito nas ruas, desde prisão de criminosos a salvamento de bebês.

Não consigo ver algo que a carreira policial-militar tenha contribuído para a carreira de escritor, pois segurança pública não tem muito a ver com escrever romances. Por outro lado, acredito que minha condição de escritor e editor é quem contribuíram com minha função atual. A leitura constante, por exemplo, ajudou-me muito a ter um bom repertório para falar e escrever, além das possibilidades de soluções que uma boa trama pode seguir, e realmente considero isso útil para mim como policial, pois facilita dialogar com duas pessoas, por exemplo, que não estão se entendendo e acionam o número 190. Pode não ajudar a acalmar os ânimos, mas ajuda a dar as respostas certas.

E, hoje em dia, como eu mencionei anteriormente, não atuo mais nas ruas diretamente com o público, algo que fiz por seis anos. Claro, há uma inconstância de estado, podendo eu voltar a qualquer momento, já que as coisas são muito voláteis lá. Mas, escrevo matérias policiais para divulgar ações positivas da Instituição, então, como podem perceber, tal conhecimento que costumo usar para a profissão de escritor é quem contribui com ela.

 

De onde surgiu a ideia para seu livro mais recente? Sobre o que ele fala?

 Sou um fã histérico de Death Note, apesar de minha casa não ter tudo com a temática do anime. Alguns pôsteres e action-figures são o bastante. Se bem que eu tenho uma caneca, camiseta, toda a coleção de filmes/episódios e também… Ok, eu paro por aqui. Inclusive, enquanto escrevo, estou de cócoras sobre o assento da cadeira, da mesma forma que o detetive L. Tá! Ok de novo… essa última parte não é verdade. Mas esses devaneios mostram como eu gosto desse universo, que briga feio ali no pódio de predileções com Pokémon, outro anime que moldou meu caráter. Não diria que é um exagero, já que eu sempre quis ter esse jeito de viver do Ash de viajar o mundo ajudando as pessoas e, lógico, fazer amigos Pokémon (eu chamo “capturá-los” de “cativá-los”). De qualquer forma, eu separo assim: Pokémon é número 1 pela nostalgia, enquanto Death Note é número 1 pela obra.

Esse amor por Death Note me fez querer criar uma homenagem, que escolhi fazer com referências na minha própria história, com uma reação em cadeia de mortes inexplicáveis, por exemplo. Então criei meu universo sobrenatural e policial, adicionei minhas pesquisas sobre ocultismo, das quais extraí a Goetia, assunto pelo qual me interesso muito. Calma! Não desista de mim, não fuja para as colinas. Não será um livro de feitiços, muito menos estou fazendo uma fanfic de Death Note. Será um mundo próprio, e, tudo se passa no Brasil, onde pessoas começam a se suicidar misteriosamente. Um jovem que acabou de ser preso por assassinato está em um presídio cheio de psicopatas e possui a capacidade de ver espíritos e fazer feitiços. Ele é o maior trunfo que a polícia terá para descobrir o que está por trás das mortes, e a polícia será a melhor aposta dele para, não somente sair dali, como também para pôr seu plano de destruição em prática. Bem, esse plano seria a revelação de um plot-twist que não devo dizer, mas apenas que envolve a extinção do mal, ainda que inocentes precisem morrer para isso. Sim, vocês já viram algo parecido em Death Note… Essas são referências básicas, pois a essência da história e objetivos são absurdamente diferentes, que, acredito, irão surpreendê-lo.

 

Quais dicas você daria para quem está iniciando?

 Se você quer ser um profissional da escrita, leia, mas leia muito mesmo. Leia bastante sobre o gênero que quer escrever e depois pode partir para obras diferentes, para que tenha bagagem. Assim você conseguirá perceber as técnicas, como as tramas são construídas e até o que não replicar. Foque na história, em fazer algo que instigue a curiosidade do leitor, pois ela será a motivadora de fazer alguém indicá-lo a outra pessoa. Dizem que tudo já foi escrito ou contado, então, precisa descobrir como desmontar esses padrões e renová-los. Isso você vai descobrir depois de muita leitura e com sua criatividade, a ferramenta mais importante do escritor.

Vender livros não é tarefa fácil, então, volto a dizer para que foque em fazer boas histórias, em encantar, pois o reconhecimento vem com o tempo.

É muito possível que você seja descoberto e publicado por uma editora, sem que, para isso, gaste um tostão. Mas, hoje em dia, há diversas maneiras de ser independente, então, invista em qualidade — revisão profissional e capa, por exemplo, o que considero primordiais, depois de uma boa história, esta última que dependerá totalmente de você (não adianta uma capa maravilhosa e um texto lindo, sem erros ortográficos, se falta alma na trama e não instiga).

Boa sorte a todos os escritores, e, à equipe do Papo de Autor, obrigado pela oportunidade da entrevista!

 

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IG Canal KrossOver: https://www.instagram.com/canalkrossover/

 

Link dos livros:

 

Os Animais Também Vão Para o Céu: https://www.editorasinna.com.br/os-animais-tambem-vao-para-o-ceu

Antologia Curtos & Fantásticos Volume 1: http://www.curtosefantasticos.com.br

Quando a Lenda Ganha Vida: https://www.editorasinna.com.br/quando-a-lenda-ganha-vida-pre-venda

 

 

João Victor teixeira

Papo de Autor entrevista João Victor Teixeira

O Papo de Autor entrevista quis saber um pouco mais sobre o vencedor do Curtos & Fantásticos. Confira a entrevista!

 

Fale um pouco sobre você. De onde é? Qual é a sua formação? Qual gênero escreve?

Sou um carioca formado em Matemática pela UERJ e mesmo sendo de exatas eu sempre fui um amante da leitura. Meu gênero predileto é a ficção científica, mas eu gosto de ler de tudo e isso se reflete nos meus contos, pois cada um deles possui um gênero diferente: “Uma Noite Em New River” é uma mistura de ficção científica com investigação noir, “Quatro Mulheres Na Lua Cheia” é uma fantasia urbana com elementos do nosso folclore e “Satélite 616” é um conto de ação misturado com ficção científica.

Como você desenvolveu o amor pela literatura?

Me lembro que comecei a ler quadrinhos na época da escola, nos anos iniciais, pois havia uma gibiteca na minha sala de aula. Já a paixão por livros começou graças ao cinema, quando Senhor dos Anéis e Harry Potter foram lançados. Por causa desses filmes eu comprei O Hobbit e Harry Potter e a Câmara Secreta, esses dois livros me fizeram perceber o quão fantástico o mundo da leitura poderia ser.

 

Quando decidiu se dedicar à escrita? Quais fatores contribuíram ou dificultaram sua estreia literária?

Sempre escrevi, mas só fui tomar coragem de mostrar um texto para alguém na época da faculdade, quando passei a imprimir e emprestar para amigos. Eles gostavam do que liam e eu resolvi montar um blog para publicar minhas histórias, isso foi entre 2009 e 2012. Como eu não tinha muito retorno de leitores e com a correria da faculdade e do trabalho, acabei desativando o blog em 2012. O tempo passou, sempre esboçava algumas histórias no papel, mas não voltava a escrever de fato, até receber uma mensagem de uma amiga da faculdade dizendo que encontrou um conhecido dela e ele citou o meu antigo blog, se lamentando por não saber como acabava uma das histórias que ficou sem conclusão quando eu decidi parar. O fato de ter descoberto alguém de fora do meu círculo de amizade que tenha lido uma história minha me animou a voltar a escrever. Isso aconteceu justamente no ano que eu conheci diversos autores nacionais em eventos que fui, o que me deu mais gás ainda. Nesse retorno eu tentei participar de concursos de contos, mas além de não ganhar não obtive nenhum retorno por parte da organização do concurso, o que não ajudava para descobrir onde estava errando, isso dificultou muito o meu crescimento como escritor, mas em compensação eu acho que serviu para melhorar a minha autocrítica. Decidi então me autopublicar e usar as críticas dos leitores para saber onde estava acertando e onde estava errando.

 

Além de escritor, você tem outra ocupação? Como você diria que essa ocupação contribui para o enriquecimento da sua carreira como escritor?

Sou professor da disciplina que as pessoas mais amam odiar, a Matemática, e isso me ajuda pois eu conheço muitas pessoas durante o ano, por consequência tenho contato com muitas histórias de vida diferentes. Eu posso usar as situações e as emoções que os alunos e pais me relatam como base para personagens das minhas histórias.

 

De onde surgiu a ideia para seu livro mais recente? Sobre o que ele fala?

Atualmente estou trabalhando em duas obras. O conto “Carnaval Sangrento” é uma fantasia urbana se passando na década de 1940, baseado nas histórias da juventude da minha avó no interior de Minas, mas adicionando elementos do folclore para justificar alguns eventos que ela me relatava (como querer fugir de casa com o palhaço do circo que estava na cidade). Já em “A saga de Tex Mifune” (nome provisório) a história surgiu da vontade de misturar diversos temas que eu adoro como velho oeste, samurais, heróis de capa e espada, a Londres vitoriana e muito mais. É uma loucura que estou gostando muito do resultado, o desafio de criar um universo coeso com todos esses elementos funcionando e fazendo sentido é bem divertido.

 

De onde surgiu a ideia para o seu conto enviado para a antologia do Diário de Escrita?

Eu adoro filmes da década de 1980, principalmente aqueles que reprisavam sempre na Sessão da Tarde e no Cinema em Casa durante a minha infância e adolescência. As loucuras desses filmes sem sentido sempre me fascinaram. Um deles era “Os Aventureiros do Bairro Proibido”, onde um caminhoneiro vai parar no meio de chinatown e lá se envolve com deuses antigos, feiticeiros, ninjas e mais maluquices.  Eu ponderei se tinha como fazer algo doido assim, mas se passando num cenário conhecido para mim, por isso o conto se passa no Rio de Janeiro.

 

Para encerrar, onde encontramos você e o seu trabalho na internet?

Meus contos podem ser encontrado na Amazon pelo link https://www.amazon.com.br/s?i=digital-text&rh=p_27%3AJ.+V.+Teixeira&s=relevancerank&text=J.+V.+Teixeira&ref=dp_byline_sr_ebooks_1

Também estou no Instagram como @autorjvteixeira

 

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Papo de Autor entrevista Rodrick MarsMoon

O Papo de Autor entrevista quis saber um pouco mais sobre o autor Rodrigo Marimoon. Confirma a entrevista!

 

Conte um pouco de sua vida para nós. De onde você é? Qual é a sua formação? Qual gênero escreve?

Sou do Rio de Janeiro, embora eu esteja levemente ansioso para morar em outro lugar, mais calmo e inspirador, em que eu possa ouvir Epica, In This Moment e composições do Hans Zimmer o dia inteiro enquanto escrevo.

Para falar a verdade, não tenho lá uma formação. Ainda. Pretendo fazer faculdade, mas apenas quando eu estiver terminando o meu terceiro livro, que será tanto um “divisor de águas” para a história quanto um ponto que gosto de descrever como “a parte complicada já passou, agora vamos para a Guerra Civil, que o Ultimato está logo a frente” para a história que estou contando.

Escrevo mistérios e suspenses dentro de uma mesma história, de forma em que, no final, tudo acaba se encaixando de um jeito ou de outro.

 

Além de escritor, você tem outra profissão? Quando você escreve? Sua profissão influencia de alguma maneira seus textos?

Na verdade, larguei tudo para escrever. Terminei um curso que eu estava fazendo só pelo fato de eu não gostar de deixar nada inacabado. Confio no fato de que a literatura nacional pode sim ser prestigiada se os autores saíssem das zonas de conforto e arriscassem escrever histórias que desafiem os leitores, tanto emocional quanto intelectualmente.

Escrevo praticamente todo dia, com raras exceções, quando priorizo jogar algum clássico, especialmente Castlevania, até terminar.

Considerando que a minha profissão é a literatura, e, futuramente, o cinema, podemos dizer que é a escrita que influencia na minha futura profissão.

 

Quando decidiu publicar seu primeiro livro? Quais fatores contribuíram ou dificultaram sua estreia literária?

 É o meu sonho desde os quinze anos, quando eu estava fazendo um rascunho sobre um casal estilo Bonnie & Clyde e almas lutando num “plano astral” em paralelo, enquanto eu estava entediado nas aulas de matemática (fui reprovado naquele ano, mas valeu a pena).

Dá para dizer que a demora a publicar me ajudou, porque eu pude aperfeiçoar a escrita e a história até o momento em que foi publicada – me arrependo de três ou quatro coisas que acontecem no primeiro livro, mas nada que não possa ser trabalho nas sequências.

 

 Você se inspira em algum autor? Porque?

 Claro. J.K. Rowling, George R.R. Martin, Chuck Wendig e um pouco na Lauren Kate – admito que essa parte pesou um pouco no meu primeiro livro.

Cada um me inspirou de alguma forma. A J.K. no jeito como ela nunca subestima a inteligência do leitor e faz umas viradas inteligentes que podem não fazer sentido naquele momento, mas que farão mais para frente – pena que ninguém lembra disso na hora de criticar o trabalho dela em Animais Fantásticos… George R.R. Martin e inspirou na forma como ele nunca tem medo de expandir uma história quando é preciso, e como todo o desenvolvimento no começo se paga no final… E Chuck Wendig no jeito como ele sempre conecta as histórias e faz tudo divergir sem perder a mão como ele fez na trilogia Marcas da Guerra.

A parte da Lauren Kate… Bem… Adoro as histórias dela, me inspiraram muito na forma como vivi a minha vida amorosa naquela época (não deu certo – pelo menos a minha ex-namorada e eu mantemos uma boa amizade hoje me dia)… Mas hoje percebo que devemos dosar em como romances nos inspiram, pois atualmente romances melosos marcam muito rápido a imagem de quem escreve, e essa não é a que quero para mim, sabe.

Aah, e tenho os livros dela autografados. Guardo com todo o carinho do mundo, e espero que, um dia, eu tenha a “benção” dela para roteirizar e dirigir os filmes dos livros dela, futuramente, e ser para ela como o Mathew Vaughn é para o Mark Millar.

 

De onde surgiu a ideia para seu livro mais recente? Sobre o que ele fala?

Então, quando eu tinha vinte anos, eu estava examinando rascunhos que fiz aos quinze para o que hoje compõe a minha saga (de “almas lutando” ao casal de fugitivos), e percebi que existem inúmeras histórias de escolhidos, jornada do herói e tudo mais, mas ninguém nunca se arriscou em escrever sobre Jesus voltando e se envolvendo num grande clímax na escala de Vingadores- Ultimato, e pensei “se ninguém vai fazer, então eu vou”. E aí escrevi toda a saga a partir desse princípio, e elementos como anjos e demônios, o Anticristo, nephilins e tudo mais foram surgindo naturalmente.

Asas de Sangue- Alianças é sobre um mundo em que anjos, bruxas, demônios, lobisomens, nephilins, vampiros e caçadores existem, e então Jesus e o Anticristo voltam, fazendo todos eles terem só um ano e meio para estarem prontos para o Apocalipse, resolvendo assuntos inacabados e formando alianças de guerra (tem certa ênfase nas alianças feitas nos três primeiros livros, claro). Serão seis livros, e, bem, espero que gostem.

 

Redes sociais:

Instagram: rodrick.marsmoon

Twitter: @RodrickMarsMoon

 

Link dos livros:

https://www.submarino.com.br/produto/51884413?pfm_carac=Asas%20de%20Sangue%20Alianças&pfm_index=0&pfm_page=search&pfm_pos=grid&pfm_type=search_page%20&sellerId

 

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O Iluminado de Stephen King

Resenha de ” O Iluminado” 

 

Uma família em crise, um hotel que se isola no inverno e… Stephen KING! O Iluminado é um clássico do cinema. Com as talentosas mãos de Stanley Kubrick e os olhares aterrorizantes de Jack Nicholson, o filme tenta traduzir um pouco do terror que o livro entrega, mas as páginas folheadas uma a uma, provocam uma imersão que só King poderia provocar.

O livro conta a história da família Torrance, com o pai Jack, um ex alcoólatra que luta diariamente contra o vício, Wendy, uma dona de casa amável, mãe atenciosa e esposa atormentada pelos atos passados do marido, e o filho do casal Danny, que tem o poder de prever o futuro e habilidades extra-sensoriais.

Jack foi demitido de seu emprego como professor depois de perder o controle e agredir fisicamente um aluno. O rapaz havia furado os pneus de seu carro após uma aula na qual os dois se desentenderam.

O prazer que a bebida oferece é um lembrete diário da fuga fácil que a sobriedade lhe rouba, e ele luta contra essa vontade toda vez que seus planos traçados sofrem uma mudança, ou seu lado violento dá as caras.

Wendy é dona de casa e passa o tempo cuidando de Danny, tentando esquecer o Jack alcoólatra e violento que ainda a torturava suas lembranças. Ela se banha diariamente de esperança, torcendo para que a família Torrance se torne a família de comercial de margarina que ela sempre sonhou.

Sem opções de trabalho, se afundando em dívidas e com o nome sujo no meio acadêmico, Jack procura a ajuda de um amigo de seu passado recente, com quem dividiu bebidas, tombos e uma tragédia, para conseguir sustentar sua família.

A solução conseguida foi tornar-se responsável pela manutenção do Hotel

Overlook durante os meses de inverno, quando a neve se espalhava pela montanha, isolando o hotel e seu zelador de qualquer contato humano.

O trabalho vem a calhar, já que Jack procura tempo para terminar sua peça, na qual deposita seus sonhos e o futuro da família Torrance. Tempo é o que não faltaria durante os meses de frio. O único erro foi achar que estariam isolados.

O hotel Overlook os recebe de braços abertos (e não é uma expressão) e lhes apresenta seu passado em forma de fantasmas, assombrações e pavor. Danny, que a princípio é o único afetado pelas visões, sofre com a pressão de conhecer o futuro, assistir sem poder influenciar o presente e temer a violência que sofreu no passado.

Um ganho grande que o livro tem sobre o filme, além das mudanças importantes na história, é a queda gradual de Jack. Ao contrário do maluco que é apresentado logo nos primeiros sorrisos de Nicholson, Jack é um cara normal, com problemas normais, tentando ganhar controle em cima de seus desejos.

A bebida parece ser um problema solucionado, e o descontrole emocional, que interfere diretamente em sua vida, parece algo que vai lentamente sendo dominado. Seus medos do passado estão guardados em um armário, com uma porta fina e sem cadeado, e vão aparecendo aos poucos durante a história.

 

Nem tudo são mil maravilhas. Algumas vezes, as descrições de King tornam-se pesadas e maçantes, e cenas que deveriam apenas apresentar o capítulo, tomam um tempo desgastante.

O terror também demora a se desenrolar, e vejo como motivo claro, a preocupação de King em ambientar os personagens, com o hotel e principalmente, com todo o psicológico por trás da armadura que uma visão superficial te traz sobre a família Torrance.

Isso nem de longe faz o livro ser ruim, mas, às vezes, faz lembrar que você está lendo há duas horas, e precisa dormir, comer ou qualquer outra coisa que te motive a deixar algumas páginas para depois.

O fato DEFINITIVAMENTE não acontece no final do livro, tomado por tensão, fazendo com que você tenha medo de olhar por cima do livro, e enxergar uma festa de luxo, arbustos se movendo ou homens e mulheres há muito mortos, fantasiados em um baile de máscara que nunca terá fim.

 

Essa mistura de sucesso tem uma pitada de descrições imersivas (por vezes um pouco longas), clichês de fantasmas (muito) bem aproveitados e momentos nos quais King toma o controle do seu cérebro, fazendo com que você precise olhar algumas vezes em sua porta para ter certeza que não está no quarto 217.

Eu particularmente sou suspeito para falar de King, mas esse livro é tão fantástico em ser aterrorizante, que merece os holofotes. A história é bem amarrada e os personagens são cativantes (até os que, a princípio, são apenas personagens secundários, como Dick Halloran que é um dos meus favoritos). A descrição das cenas é assustadoramente precisa, e fazem o hotel, que outrora fora em sua mente um depósito de luxo e riqueza, começar a ganhar vida, tornando-se sombrio e assustador.

Para quem é fã de terror, essa obra é obrigatória em sua cabeceira, e para quem não o é, o suspense em cada página vai te cativar de maneira absoluta.

Esteja pronto para suar, respirar fundo e, entre uma cena e outra, tomar uma água bem gelada para ter certeza que está em segurança. Mas aconselho a não acender a luz. No escuro, talvez o Overlook lhe faça uma visita inesperada…